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Conheça mais sobre a geriatria e a saúde do idoso!

O aumento da longevidade, impulsionado por avanços na medicina e melhorias nas condições de vida, trouxe novos desafios, especialmente no que diz respeito à manutenção da saúde e da qualidade de vida na terceira idade. 

Com o crescimento dessa parcela da população, torna-se essencial investir em políticas públicas e serviços especializados que possibilitem um envelhecimento saudável e ativo.

Nesse contexto, a geriatria se destaca como a especialidade médica voltada para a atenção integral ao idoso, abordando desde a prevenção de doenças até o tratamento de condições comuns ao envelhecimento. 

Além de garantir assistência médica qualificada, a geriatria desempenha um papel fundamental na promoção do bem-estar e na preservação da autonomia, permitindo que as pessoas idosas vivam essa fase da vida de forma digna e participativa na sociedade. 

Assim, contar com profissionais capacitados e serviços especializados é essencial para que a senioridade seja vivenciada com saúde e qualidade de vida.

A importância da Geriatria

Com o envelhecimento natural do organismo, aumentam as vulnerabilidades e os riscos de desenvolvimento de doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, osteoporose e demências. 

O acompanhamento geriátrico permite a identificação precoce dessas condições, possibilitando tratamentos adequados e estratégias de prevenção que favorecem a manutenção da autonomia e do bem-estar.

Além do tratamento de doenças, a geriatria desempenha um papel fundamental na promoção de um envelhecimento saudável. Por meio de orientações sobre hábitos de vida, alimentação, atividade física e suporte emocional, os profissionais dessa área contribuem para que os idosos permaneçam ativos e independentes pelo maior tempo possível. 

A atenção geriátrica não se restringe apenas aos aspectos físicos, mas também abrange a saúde mental e social, prevenindo o isolamento e garantindo o suporte necessário para uma vida plena.

Outro aspecto relevante da geriatria é sua atuação no cuidado paliativo e na reabilitação de pacientes idosos. Com uma abordagem humanizada, essa especialidade busca aliviar sintomas e proporcionar conforto, respeitando as particularidades de cada indivíduo. 

O suporte aos familiares e cuidadores também é um ponto central, pois muitas vezes a atenção à pessoa idosa exige uma rede de apoio bem estruturada para garantir a continuidade dos cuidados e a adaptação às novas necessidades que surgem com o avançar da idade.

Como atua o Geriatra?

saúde do idoso

Diferente de outras especialidades médicas, a geriatria não se concentra apenas no tratamento de doenças, mas considera também fatores funcionais, emocionais e sociais que influenciam o envelhecimento. 

Dessa forma, o geriatra desempenha um papel fundamental na promoção de um envelhecimento saudável, prevenindo complicações e proporcionando suporte contínuo ao paciente e sua família.

Avaliação abrangente e personalizada

A consulta geriátrica é mais detalhada e demorada do que a de outras especialidades, pois envolve uma avaliação completa do idoso. O geriatra analisa a funcionalidade do paciente, sua cognição, humor, mobilidade, comunicação e a presença de suporte sociofamiliar. 

Além disso, problemas comuns na terceira idade, como fragilidade, incontinência urinária, tonturas e risco de quedas, são cuidadosamente investigados para evitar complicações que possam comprometer a independência do paciente.

Prevenção e tratamento de doenças

O geriatra trata doenças frequentes no envelhecimento, como hipertensão, diabetes, osteoporose e demências, sempre buscando estratégias que minimizem impactos na qualidade de vida do paciente. 

A especialidade se preocupa com a prevenção dessas condições por meio de orientações sobre hábitos saudáveis, exercícios físicos e alimentação equilibrada, promovendo a longevidade ativa.

Gestão medicamentosa e atuação multidisciplinar

Uma das funções mais importantes do geriatra é a revisão das prescrições medicamentosas, visando evitar interações prejudiciais e efeitos colaterais indesejados. O tratamento do idoso muitas vezes exige uma abordagem multidisciplinar, com o envolvimento de fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais. 

Essa equipe trabalha em conjunto para oferecer um atendimento mais completo e eficaz, garantindo o suporte necessário para o paciente em diferentes aspectos de sua saúde.

Cuidados paliativos e qualidade de vida

Além da prevenção e do tratamento de doenças, o geriatra tem um papel essencial nos cuidados paliativos, auxiliando pacientes com doenças crônicas avançadas ou sem possibilidade de cura. 

Nesse contexto, o objetivo é proporcionar conforto, alívio de sintomas e suporte emocional tanto ao paciente quanto à família, garantindo um atendimento humanizado e respeitoso.

Situação da saúde do idoso no Brasil

A saúde do idoso no Brasil enfrenta desafios significativos diante do crescimento acelerado dessa população. Apesar dos avanços na legislação e na ampliação dos serviços voltados à terceira idade, a realidade ainda apresenta dificuldades que comprometem o acesso a um atendimento adequado. 

A dependência do Sistema Único de Saúde (SUS), a escassez de especialistas e o tempo prolongado de espera para consultas são alguns dos principais entraves que afetam a qualidade de vida dos idosos no país.

Grande parte da população idosa brasileira depende exclusivamente do SUS para assistência médica. Segundo dados da Fiocruz, cerca de 75% dos idosos utilizam o sistema público, e aproximadamente 83% realizaram consultas médicas por meio do SUS no período de um ano.

Estima-se que aproximadamente 70% dos idosos possuam pelo menos uma doença crônica, sendo as mais comuns a hipertensão, o diabetes e a artrite. Essas condições exigem acompanhamento contínuo, o que reforça a necessidade de um sistema de saúde estruturado e acessível.

Um dos principais desafios enfrentados por essa população é o tempo de espera para atendimento médico. Segundo pesquisa de 2020, cerca de 6,9% dos idosos usuários do SUS aguardam mais de 60 dias para uma consulta, o que pode comprometer a eficácia do tratamento e agravar problemas de saúde. 

Outro fator preocupante é a falta de especialistas em geriatria. De acordo com a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), em 2019, o Brasil contava com apenas 1.405 geriatras, o que equivale a 1 profissional para cada 24 mil idosos, um número muito abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que sugere 1 geriatra para cada mil idosos. Essa carência impacta diretamente a qualidade do atendimento prestado, dificultando diagnósticos adequados e tratamentos específicos para as particularidades do envelhecimento.

Diante desse cenário, é essencial que políticas públicas sejam fortalecidas para garantir um envelhecimento saudável e digno. A ampliação do acesso a serviços médicos especializados, a redução do tempo de espera por atendimento e a promoção de ações preventivas são medidas fundamentais para que os idosos tenham uma melhor qualidade de vida.