O câncer de mama é uma das doenças mais comuns entre as mulheres no Brasil e no mundo, sendo responsável por uma parcela significativa dos novos diagnósticos de câncer a cada ano.
Apesar de ser uma condição grave, o avanço nas estratégias de rastreamento e a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce têm contribuído para aumentar as chances de tratamento eficaz e reduzir a mortalidade.
Conhecer os fatores de risco, realizar exames regulares e adotar medidas preventivas são passos essenciais para a promoção da saúde e qualidade de vida das mulheres.
Como funciona o rastreio para o câncer de mama
Mulheres entre 40 e 49 anos devem realizar acompanhamento médico anual, enquanto aquelas entre 50 e 69 anos devem fazer mamografias a cada dois anos.
Casos com histórico familiar ou fatores de risco podem exigir maior frequência. Ele ressalta que o autoexame não substitui a mamografia, embora ainda haja desinformação sobre o tema, levando muitas mulheres a subestimarem a importância do exame.
Uma pesquisa revela que 60% das entrevistadas acreditam que o autoexame é a principal forma de detecção precoce, e apenas metade das mulheres entre 40 e 49 anos fez mamografia nos últimos 18 meses. Macchetti destaca que a mamografia é capaz de identificar tumores milimétricos, imperceptíveis ao toque.
Além da desinformação, medo e preconceito dificultam a prevenção. Muitas mulheres evitam exames por receio do diagnóstico, seguindo a ideia de que “quem procura, acha”, o que atrasa a detecção e tratamento.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece mamografias gratuitas, priorizando mulheres de 50 a 69 anos, mas também disponibiliza o exame para homens e homens trans desde 2022. Em 2022, foram realizadas mais de 4,2 milhões de mamografias, sendo 3,8 milhões para rastreamento. A prevenção do câncer de mama envolve hábitos saudáveis como atividade física, peso adequado, redução do consumo de álcool e amamentação.
Fatores de risco incluem idade, histórico familiar, menopausa tardia, sedentarismo e uso prolongado de anticoncepcionais. A enfermagem desempenha um papel fundamental, promovendo saúde e acesso a exames preventivos, com o objetivo de reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida das mulheres.
Situação do câncer de mama no Brasil
O câncer de mama é uma das principais preocupações de saúde pública no Brasil devido à sua alta incidência e mortalidade. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), são estimados 73.610 novos casos da doença até 2025, com uma taxa de 66,54 casos para cada 100 mil mulheres.
Além disso, o câncer de mama é responsável por cerca de 18 mil mortes anuais, ocupando a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres. A taxa ajustada de mortalidade foi de 11,71 por 100 mil habitantes em 2021, somando 18.139 óbitos.
Embora seja rara, a doença também pode afetar homens, representando aproximadamente 1% dos casos. No território brasileiro, as regiões Sul e Sudeste apresentam as maiores taxas de incidência e mortalidade, refletindo a necessidade de maior vigilância nessas áreas.
Diante da gravidade dos números, a prevenção primária e a detecção precoce se tornam fundamentais para reverter o cenário. A realização de exames periódicos, como a mamografia, e o acesso à informação e cuidados de saúde são essenciais para que a população feminina identifique rapidamente sinais de alerta e busque tratamento eficaz.
Prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer de mama

A adoção de um estilo de vida saudável pode diminuir o risco de desenvolvimento do câncer de mama. Praticar atividades físicas regularmente, manter uma alimentação equilibrada e evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas são medidas importantes para a prevenção. Além disso, amamentar é considerado um fator protetor, ajudando a reduzir o risco da doença.
Diagnóstico
A detecção precoce é essencial para aumentar as chances de sucesso no tratamento. Ao notar nódulos ou outros sintomas suspeitos nas mamas, a recomendação é buscar atendimento médico imediatamente. Para confirmar o diagnóstico, o médico pode realizar um exame clínico e solicitar exames complementares, como:
- Mamografia: essencial para rastreamento e detecção de tumores pequenos.
- Ultrassonografia: utilizada para complementar a mamografia, especialmente em mulheres com mamas densas.
- Ressonância magnética: indicada em casos específicos para avaliar lesões mais detalhadamente.
Tratamento
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece acesso ao diagnóstico e ao tratamento integral do câncer de mama, incluindo exames, cirurgia, quimioterapia e radioterapia, dependendo do estágio da doença. O tratamento é individualizado e pode envolver:
- Cirurgia para remoção do tumor.
- Quimioterapia e/ou radioterapia para eliminar células cancerígenas.
- Terapias hormonais ou-alvo para casos específicos.
Não deixe pra lá!
O câncer de mama é uma condição que exige atenção contínua, tanto na prevenção quanto no diagnóstico precoce. A conscientização da população sobre os fatores de risco e a importância dos exames de rastreamento pode salvar vidas, pois tumores detectados nas fases iniciais apresentam maiores chances de cura e tratamentos menos agressivos.
Campanhas como o Outubro Rosa desempenham um papel essencial ao mobilizar a sociedade, promovendo informações e garantindo o acesso a cuidados de saúde. Com a colaboração de todos, pacientes, profissionais e gestores, é possível avançar na redução da mortalidade e melhorar a qualidade de vida de quem enfrenta a doença.
Priorizar o cuidado e a prevenção é o caminho para um futuro mais saudável e esperançoso para milhares de pessoas.



