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Doenças comuns na infância e como prevenir

A infância é uma fase marcada por descobertas, crescimento acelerado e, também, maior vulnerabilidade a certas doenças. O sistema imunológico das crianças ainda está em formação, o que as torna mais suscetíveis a infecções, principalmente em ambientes escolares ou de convívio coletivo. Para os pais, saber identificar os sintomas mais frequentes e, sobretudo, entender como prevenir essas enfermidades é fundamental para garantir o bem-estar dos pequenos.

A boa notícia é que, com medidas simples e acompanhamento regular, é possível reduzir significativamente os riscos de doenças na infância. Neste conteúdo, você vai conhecer as doenças mais comuns entre as crianças, seus sinais característicos e as estratégias mais eficazes de prevenção.

Por que as crianças adoecem com mais frequência?

Antes de falar sobre as doenças em si, é importante entender por que os pequenos estão mais propensos a infecções. O sistema imunológico infantil está em processo de amadurecimento. Nos primeiros anos de vida, o corpo ainda está aprendendo a reconhecer e combater vírus, bactérias e outros agentes invasores.

Além disso, o convívio com outras crianças em escolas, creches ou parques aumenta o contato com os germes. Assim, como os hábitos de higiene ainda estão em formação, como lavar as mãos corretamente, evitar levar objetos à boca e cobrir o rosto ao espirrar, as chances de contágio são maiores.

Principais doenças que afetam a infância

A seguir, conheça as doenças mais comuns entre bebês e crianças até os 10 anos, seus sintomas típicos e por que elas merecem atenção.

Resfriado e gripe

Duas das infecções mais recorrentes na infância, causadas por vírus que afetam as vias respiratórias, o resfriado e a gripe compartilham sintomas como coriza, tosse, espirros, febre e mal-estar. A diferença principal está na intensidade, a gripe costuma provocar febre alta e dores no corpo mais intensas, enquanto o resfriado é mais leve e autolimitado.

São doenças geralmente benignas, mas que podem levar a complicações como otites ou bronquites, principalmente em crianças menores.

Otite

A inflamação no ouvido médio é bastante comum nos primeiros anos de vida, especialmente após resfriados ou gripes. A criança pode apresentar dor intensa, febre e irritabilidade. Em bebês, o sinal pode ser o choro persistente ou o ato de levar a mão à orelha com frequência.

A otite deve ser avaliada por um pediatra, já que o tratamento pode variar de acordo com a causa viral ou bacteriana.

Amigdalite

A inflamação das amígdalas pode ser provocada por vírus ou bactérias. Quando causada por infecção bacteriana (geralmente estreptocócica), é comum que a criança apresente febre alta, dor ao engolir, inchaço das amígdalas e presença de pus na garganta.

A forma viral costuma ser mais leve e acompanhada de outros sintomas gripais. O diagnóstico correto evita o uso desnecessário de antibióticos.

Diarreia e vômito

Os quadros gastrointestinais são muito frequentes na infância e podem ter diversas causas, como vírus, bactérias, intoxicações alimentares ou mesmo parasitas. Embora geralmente sejam autolimitados, esses episódios exigem atenção especial à hidratação.

A perda de líquidos pode levar rapidamente à desidratação em crianças pequenas, por isso, observar sinais como boca seca, olhos fundos e sonolência é essencial.

Catapora (varicela)

Causada por um vírus, a catapora é caracterizada por lesões vermelhas que coçam e evoluem para bolhas e crostas. Embora seja uma doença benigna na maioria dos casos, pode causar complicações em crianças com imunidade baixa.

Atualmente, a vacinação faz parte do calendário infantil e é a forma mais eficaz de prevenir o contágio ou reduzir a gravidade dos sintomas.

Escarlatina

Essa doença bacteriana, causada pelo estreptococo do grupo A, é mais comum em crianças em idade escolar. Ela se manifesta com febre alta, dor de garganta, manchas vermelhas na pele e uma característica “língua em framboesa”, marcada pela presença de vermelhidão e papilas gustativas bem visíveis, dando aparência de uma framboesa.

Embora tenha tratamento eficaz com antibióticos, o diagnóstico precoce é essencial para evitar complicações, como febre reumática.

Como prevenir doenças infantis no dia a dia

A prevenção é o caminho mais seguro e eficiente para garantir uma infância saudável. Abaixo, veja práticas que devem fazer parte da rotina de toda família.

Vacinação em dia

O calendário vacinal é a principal ferramenta de prevenção em saúde infantil, pois protege contra doenças graves como meningite, hepatite, sarampo, poliomielite, rubéola, coqueluche e tantas outras. Além disso, contribui para a proteção coletiva e evita surtos.

Manter a caderneta atualizada, seguir as orientações do pediatra e, quando necessário, complementar com vacinas da rede privada são atitudes que reforçam a imunidade da criança.

Hábitos de higiene

Ensinar bons hábitos de higiene desde cedo é uma forma poderosa de prevenção. Lavar as mãos antes de comer, após usar o banheiro, depois de brincar na rua ou de mexer em animais são práticas simples que evitam a transmissão de muitos vírus e bactérias.

Também é importante manter os brinquedos limpos, evitar compartilhar utensílios pessoais e reforçar a higiene em ambientes escolares e domiciliares.

Alimentação equilibrada

Alimentação equilibrada

Uma alimentação rica em nutrientes fortalece o sistema imunológico. Dessa forma, frutas, verduras, legumes, proteínas e alimentos integrais devem fazer parte da alimentação das crianças, visto que contribuem para que o organismo tenha as defesas necessárias contra infecções.

Além disso, uma boa nutrição ajuda no crescimento adequado, na disposição física e no rendimento escolar da criança.

Sono de qualidade

O descanso adequado é vital para a saúde da criança. Dessa maneira, o sono reparador atua na regulação hormonal, no equilíbrio emocional e no fortalecimento das defesas do corpo.

Por isso, estabelecer uma rotina de sono regular, com horários definidos e um ambiente tranquilo, é essencial para manter a imunidade adequada. 

Atividade física e brincadeiras ao ar livre

Crianças que brincam, se movimentam e têm contato com ambientes externos tendem a desenvolver melhor seu sistema imunológico. A exposição moderada ao sol, por exemplo, ajuda na produção de vitamina D, essencial para a saúde óssea e imunológica.

Além dos benefícios físicos, a atividade lúdica é essencial para o desenvolvimento emocional e social.

Quando procurar ajuda médica?

Nem toda febre ou dor exige atendimento emergencial, mas é importante saber quando acionar o pediatra para evitar complicações. Os pais devem ficar atentos a alguns sinais de alerta, como:

  • Febre persistente por mais de 48 horas
  • Vômitos e diarréias intensos com sinais de desidratação
  • Dificuldade para respirar ou chiado no peito
  • Prostração, irritabilidade ou sono excessivo
  • Dores intensas no ouvido, garganta ou barriga

Em caso de dúvida, nunca hesite em procurar orientação profissional, pois a avaliação precoce evita agravamentos e garante o tratamento adequado.

A importância do acompanhamento pediátrico regular

Levar a criança ao pediatra apenas quando adoece é um erro comum. As consultas de rotina são fundamentais para monitorar o crescimento, acompanhar o desenvolvimento e prevenir doenças por meio de orientações personalizadas.

Durante esses atendimentos, o profissional também pode identificar fatores de risco, orientar os pais sobre vacinação, nutrição, higiene e outros cuidados fundamentais para a saúde infantil.

O pediatra é um parceiro das famílias na construção de uma infância saudável e sua atuação vai muito além da prescrição de medicamentos.

Assim, ao investir em prevenção, os cuidadores não apenas evitam idas frequentes ao pronto-socorro, mas também oferecem às crianças a chance de viver essa fase da vida com energia, bem-estar e segurança. E, mais do que isso, contribuem para o futuro de uma geração mais saudável.